Crítica | Meninas Malvadas: O Musical

Mean Girls (2024) não tenta substituir o filme original de duas décadas atrás, mas busca complementá-lo

Elaine Lima
Foto: Divulgação
4.5
Crítica | Meninas Malvadas: O Musical

Meninas Malvadas (2024) não é uma mera repetição do original ou da adaptação musical da Broadway. Tina Fey oferece uma homenagem ao clássico de 2004, levando a história a uma evolução relevante para os dias atuais.

A Paramount investiu esforço genuíno, afastando-se de uma abordagem puramente lucrativa. Cady Heron, interpretada por Angourie Rice, protagoniza uma narrativa envolvente no ambiente escolar, destacando-se pela sua abordagem simples, porem inovadora. O filme é uma das melhores adaptações musicais recentes, recompensando a fé depositada no projeto.

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Esta narrativa, ao mesmo tempo familiar e ocasionalmente subversiva, é muito divertida. Tina Fey, ao retomar a história conhecida, introduz novidades, como a inclusão das redes sociais, oferecendo uma perspectiva atualizada sem sobrecarregar a trama original. O filme mantém a essência enquanto adiciona energia e renovação através de números musicais cativantes. O destaque vai além das performances dos atores, alcançando a singularidade de cada música, explorando efetivamente o espaço disponível para criar um espetáculo cheio de talento e charme em Meninas Malvadas (2024).

Em relação ao tom, Meninas Malvadas (2024) apresenta transições suaves na maioria das vezes, embora algumas tenham nuances semelhantes a um ator errando uma fala, o que deixa a atuação ainda mais realista. Tina Fey e equipe conseguem adaptar o musical para a tela grande sem parecer excessivamente teatral, incorporando elementos do filme original e do musical, redefinindo a história para a era moderna.

Os números musicais, enquanto deliciosos, brilham ainda mais graças às performances dos atores. Destaque para as performances marcantes de Auli’i Cravalho como Janis Sarkisian, Jaquel Spivey como Damian Hubbard e Reneé Rapp como Regina George, cuja interpretação de “World Burn” pode ficar gravada na memória. Sua habilidade vocal e atuação impressionantes a destacam, elevando Regina George a novas alturas. Angourie Rice destaca-se como Cady Heron em Meninas Malvadas (2024), capturando com maestria a essência da personagem sem perder para a interpretação anterior de Lindsay Lohan. Seu desempenho impressiona, especialmente nas cenas com Reneé Rapp.

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O filme, um híbrido entre o musical da Broadway e o original de 2004, equilibra eficazmente o tom divertido, músicas e diálogos. Com certeza irá agradar tanto aos fãs do musical quanto aos admiradores do filme original, apresentando a história a uma nova geração de forma cativante.

Mean Girls (2024) não tenta substituir o filme original de duas décadas atrás, mas busca complementá-lo. Os dois filmes, embora similares, poderiam formar um filme duplo, dada a sua qualidade. Sob a liderança notável de Reneé Rapp, o filme destaca-se por seus excelentes números musicais e uma narrativa cômica que promete resistir ao teste do tempo, tornando esta nova versão de Tina Fey a versão definitiva.

Crítica elaborada por Sérgio Zansk (@cine.dende)

Crítica | Meninas Malvadas: O Musical
4.5
Nota 4.5 out of 5
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Soteropolitana, jornalista e publicitária, tenho 28 anos, sou muito fã da Beyoncé e cinema é o meu hobbie favorito. Amantes dos romances sejam em séries, filmes ou livros.
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