Crítica | Príncipe Lu e a Lenda do Dragão

Príncipe Lu embarca em uma jornada para descobrir o significado da coragem

Elaine Lima
Foto: Divulgação
2.5
Crítica | Príncipe Lu e a Lenda do Dragão

Sob a direção de Leandro Neri, que também contribui para o roteiro ao lado de Paulo Halm e Luccas Neto, “Príncipe Lu e a Lenda do Dragão” nos transporta para uma trama medieval, rica em elementos familiares como reis, dragões e princesas.

O herdeiro do trono do Reino de Lucebra, Príncipe Lu, inicialmente vive uma vida despreocupada, pregando peças em familiares e amigos. No entanto, uma profecia paira sobre sua jornada, indicando que ao completar 18 anos, ele deverá enfrentar o misterioso Dragão da Maldade para salvar o povo da Terra Média. Mesmo diante dessa profecia, Lu não acredita no perigo iminente e prefere brincar com a Princesa Encantada (Gi Alparone) e todos que residem no palácio. À primeira vista, o cenário é promissor para explorar narrativas de crescimento, responsabilidade e superação. No entanto, a execução tropeça na falta de criatividade necessária para transformar o convencional em algo bom.

Foto: Divulgação

Quem é esse protagonista?

Luccas Neto, que interpreta o protagonista Lu, assume o papel de um monarca desinteressado por suas responsabilidades reais. A roteiro segue a conhecida fórmula do herói descompromissado que é despertado para a realidade por meio de uma tragédia. Este terreno, que poderia ser fértil para o desenvolvimento de personagens, é prejudicado pela atuação repetitiva de Luccas e pela falta de emoção que reduzem a profundidade da jornada do protagonista.

Os coadjuvantes, como Renato Aragão e outros, não conseguem exercer um contrapeso significativo na trama. Renato Aragão, é mal utilizado, privado de diálogos que poderiam destacar suas habilidades, o que é lamentável considerando sua trajetória. Apesar dos cenários grandiosos, de um figurino bem elaborado e de um elenco que conta com Zezé Motta e Maurício Mattar, o filme falha em oferecer originalidade.

O destaque do filme Príncipe Lu e a Lenda do Dragão vai para o design de produção, mas é ofuscado pela infantilidade extrema do protagonista, e uma trilha sonora que deixa a desejar. O filme, em sua busca por atender ao público infantil, parece limitado em sua ambição, contentando-se em reproduzir fórmulas conhecidas em vez de explorar novas possibilidades.

O longa pode ter sucesso momentâneo entre os fãs de Luccas Neto, mas a falta de uma visão artística mais profunda pode deixar o público mais amplo incomodado e resulta em um rápido e total esquecimento dessa obra. Luccas Neto é responsável por conteúdos legais, que chama a atenção do público infantil em seus vídeos, mas nos filmes ele ainda tem muito a evoluir. Seus projetos miram públicos específicos, seguindo tendências e sem surpreender.

Crítica elaborada por Sérgio Zansk (@cine.dende)

Crítica | Príncipe Lu e a Lenda do Dragão
2.5
Nota 2.5 out of 5
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Soteropolitana, jornalista e publicitária, tenho 28 anos, sou muito fã da Beyoncé e cinema é o meu hobbie favorito. Amantes dos romances sejam em séries, filmes ou livros.
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