Crítica | O Mal que nos Habita

Um terror que vai além do óbvio

Elaine Lima
FOTO: DIVULGAÇÃO
3.5
Crítica | O Mal que nos Habita

Em uma remota região da Argentina, a trama de “O Mal que Nos Habita” se desenrola, tendo como protagonistas dois irmãos, Pedro e Jimmy. A descoberta de um corpo mutilado durante uma noite sombria desencadeia uma série de eventos imprevisíveis que revelam um vilarejo assolado por forças sobrenaturais.

Os irmãos, inicialmente movidos pela curiosidade, mergulham em uma investigação que os leva a desvendar um enredo macabro. O corpo mutilado é apenas o prelúdio para uma revelação perturbadora: um morador do vilarejo foi possuído por um espírito maligno. Este ponto de virada precipita uma tentativa de exorcismo, no entanto, falhas nos protocolos transformam o ato em uma tragédia, liberando um mal ainda mais sinistro na comunidade.

Demián Rugna, o diretor famoso por seu filme “Aterrorizados”, consegue criar uma atmosfera realmente intensa que vai além do simples terror sobrenatural. O roteiro não se limita a mostrar apenas o que é assustador, mas também mergulha nas questões complicadas da moralidade e da mente dos personagens. Os dois irmãos lutam contra forças que não entendem enquanto lidam com o medo e com a maldade das pessoas ao seu redor.

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Ao longo da história, Rugna mistura diferentes elementos que deixam as pessoas curiosas. As surpresas que acontecem sem a gente esperar fazem todo mundo ficar confuso, mas também mais interessado para saber o que vai acontecer em seguida. O filme tem partes que dão medo e outras que deixam a gente nervoso, mantendo todo mundo atento. O diretor não só cria um cenário escuro, mas também conta uma história cheia de detalhes que deixa as pessoas curiosas e um pouco assustadas ao mesmo tempo.

Tem partes que deixam a gente de queixo caído de tão chocantes. A violência, mesmo sem ser feita de propósito para fazer mal, é mostrada de um jeito que deixa todo mundo surpreso com o mal que tá se espalhando na vila. A história nos faz sentir muitas coisas diferentes, é como se a gente estivesse numa montanha-russa de emoções, indo para cima e para baixo o tempo todo. A história fica cada vez mais tensa, dá para sentir isso claramente, mostrando coisas bem assustadoras que vão além do que a gente normalmente vê no cinema. O filme não usa aqueles clichês que a gente já tá acostumado, e mostra os cachorros e as crianças de um jeito diferente. A loucura e violência que aparecem às vezes no filme são tão chocantes que vão além do que a gente espera de um filme de terror normal.

Ao longo do filme, surgem elementos de redenção e revelações surpreendentes. A descoberta de que Pedro tem filhos adiciona camadas à história, revelando erros humanos cometidos antes mesmo do início da trama. Esses elementos enriquecem a complexidade emocional dos personagens, humanizando-os diante da luta contra forças malignas. A segunda metade do filme, embora mantendo a forte intensidade das cenas, pode ser percebida por alguns espectadores como uma explicação excessiva demais, e pode acabar cansando o público.

Em suma, “O Mal que Nos Habita” não é apenas um filme de terror sobrenatural, mas uma exploração profunda da condição humana quando confrontada com o desconhecido. A habilidade de Demián Rugna em criar um filme envolvente e perturbador o destaca como uma bela obra do terror contemporâneo. A intensidade das cenas, e a complexidade do roteiro, criam um filme sem pudor, aterrorizante e difícil de ser digerido. OBSERVAÇÃO: Não assista enquanto estiver comendo.

Crítica elaborada por Sérgio Zansk (@cine.dende)

Crítica | O Mal que nos Habita
3.5
Nota 3.5 out of 5
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Soteropolitana, jornalista e publicitária, tenho 28 anos, sou muito fã da Beyoncé e cinema é o meu hobbie favorito. Amantes dos romances sejam em séries, filmes ou livros.
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