Crítica | Argylle: O Superespião

O filme eleva a ação a um novo nível de espetáculo visual

Elaine Lima
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Crítica | Argylle: O Superespião

O tão aguardado filme “Argylle: O Superespião”, dirigido por Matthew Vaughn, ( “Kingsman” e “X-Men: Primeira Classe”) finalmente chegou às telonas na última quinta-feira (01). Com um elenco repleto de estrelas como Bryce Dallas Howard, Sam Rockwell, Henry Cavill, John Cena, Samuel L. Jackson e a cantora Dua Lipa, a expectativa em torno do filme estava nas alturas. Principalmente pelo histórico de Vaughn em criar cenas de ação e plots de impressionar e aqui em Argylle, ele investirá bastante para dar ao filme do Superespião, mais do que sua assinatura.

Desde o início, existe uma conexão com um livro supostamente escrito pela personagem fictícia Elly Conway. No entanto, uma reviravolta logo no começo, revela que Conway é, na verdade, uma criação dentro da própria história, destacando a genialidade do roteiro. Embarcamos numa jornada repleta de perigos, contra uma organização criminosa chamada “O Sindicato” como o vilão principal, e Henry Cavill interpretando o agente Argylle.

Bryce Dallas Howard como uma romancista introvertida que, se vê envolvida em um mundo de espionagem e conspirações globais reais, com suas histórias sobre espiões ganhando vida de maneira inesperada. O filme destaca a conexão entre ficção e realidade, imergindo Conway numa aventura que reflete suas tramas literárias, resultando em uma narrativa criativa e autêntica.

 

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A produção se destaca pela diversão genuína que proporciona, construindo piadas de forma envolvente ao longo de toda a trama. Vaughn, em busca de redenção após o revés de “Kingsman: A Origem” (2021), incorpora seu estilo característico, repleto de humor afiado e reviravoltas inesperadas. Fugindo da representação de espiões como figuras atraentes, musculosas e sérias, apresentando um espião comum, cheio de peculiaridades e humor, quebrando expectativas e adicionando autenticidade à história. A dinâmica entre Elly Conway, o agente Aiden (interpretado por Sam Rockwell) e Henry Cavill contribui significativamente para o charme do filme.

Além de adicionar vitalidade, a dinâmica entre os atores destaca a habilidade do elenco em abraçar o tom descontraído e cômico proposto pela narrativa. Embora consideradas “pastelonas” em alguns momentos, as atuações se alinham com inteligência ao roteiro, criando um filme de espionagem deliberadamente nonsense, proporcionando entretenimento divertido e envolvente.

Entregando uma excelente aventura, com uma trama cativante e divertida que mantém o público na ponta da cadeira do início ao fim. Esteja preparado para uma experiência repleta de risadas e surpresas, enquanto Matthew Vaughn busca reconquistar o público com seu talento e um elenco repleto de estrelas. Com sua mistura única de ação, comédia e reviravoltas emocionantes, “Argylle” certamente deixará sua marca no universo do cinema de espionagem.

Em meio a toda a ação e humor, “Argylle” também apresenta uma reflexão sobre a natureza da criação artística e sua relação com a realidade. Vendo as histórias de Elly Conway ganharem vida diante de seus olhos, somos convidados a questionar o limite de nossa imaginação. Essa meta-narrativa adiciona uma camada extra de profundidade ao filme, elevando-o além de uma simples aventura de espionagem para uma reflexão sobre os limites da criatividade e da ficção. Outro ponto forte de “Argylle” é sua habilidade de subverter as expectativas do público de maneiras inesperadas e emocionantes. Reviravoltas no enredo até a desconstrução do gênero de espionagem, o filme desafia as convenções, mantendo o espectador tentando adivinhar o que acontecerá em seguida.

Assim, na parte técnica de “Argylle” também merece destaque, com cenas cuidadosamente coreografadas que elevam a ação a um novo nível de espetáculo visual. A emoção das cenas garante que o público adentre a experiência cinematográfica. Em resumo, “Argylle” é muito mais do que apenas um filme de espionagem comum. É uma emocionante aventura repleta de reviravoltas inteligentes, humor afiado e uma reflexão fascinante sobre a natureza da criatividade. Seu elenco estelar, direção habilidosa e produção de alta qualidade, certamente deixará uma marca no cinema e garantirá seu lugar como um destaque de espionagem. Prepare-se para uma jornada inesquecível cheia de ação, risadas e surpresas com “Argylle”.

Crítica elaborada por Sérgio Zansk (@cine.dende)

Crítica | Argylle: O Superespião
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Nota 3 out of 5
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Soteropolitana, jornalista e publicitária, tenho 28 anos, sou muito fã da Beyoncé e cinema é o meu hobbie favorito. Amantes dos romances sejam em séries, filmes ou livros.
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