A Fugitiva é uma história sobre recomeço. Nicolly, que depois de anos em um relacionamento abusivo com um homem que não ama, não se reconhece mais. A solução que encontra é forjar sua própria morte e deixar tudo para trás. O que mais quer é começar uma nova vida em um lugar que ninguém a conheça. Nicolly vira Maria e troca a vida de luxo e vaidade na cidade grande por uma de trabalho duro no campo.
Já Emanuel leva uma vida pacata, continua na cidadezinha em que nasceu e cresceu, ajudando a avó no sítio em que mora. Até que contrata Maria, uma linda e misteriosa forasteira em busca de emprego. Emanuel e Maria se tornam inseparáveis e passam o tempo todo juntos, e um sentimento avassalador cresce entre os dois. Só que o passado de Nicolly não ficará enterrado por muito tempo e eles terão que lutar com unhas e dentes pelo seu felizes para sempre.
De modo geral, a narrativa é repleta de sentimentos controversos e momentos de agonia, felicidade e tristeza. Por vezes me vi angustiada enquanto lia, por tudo que a Nicolly já tinha passado. Foi impossível não sentir raiva e uma enorme sensação de impotência ao pensar que muitas mulheres passam por relacionamentos abusivos, violência em nossa realidade.
Mas essa é uma história de amor, segundas chances, recomeço. Sobre como é possível nos reinventarmos em qualquer fase da nossa vida, basta apenas querer. Gostei demais como a Nana trabalhou as questões delicadas nesse livro, como construiu personagens complexos, mas ao mesmo tempo real.
São muitas emoções ao longo da leitura, você torce desde o início pelo final feliz tanto da Maria quanto Emanuel. Foi um livro que simplesmente devorei em 24hrs, para vocês entenderem como amei. Vale destacar que a história é narrada por ambos os protagonistas, o que é bem interessante para demonstrar as emoções.
