Crítica | Bob Marley: Um Amor, uma História

Victor Lee
Foto: reprodução/TMDB

Bob Marley: Um Amor, uma História, já está nos cinemas brasileiros, o filme do maior cantor de Reggae Music de todos os tempos relembra os marcantes feitos do cantor para seu país, assim como as dificuldades enfrentadas por sua família e seus conhecidos. Bob Marley: Um Amor, tem início na Jamaica de 1976, quando alguns hits do cantor já existiam. Além disso, nos leva a vivenciar os conflitos políticos do país, com uma disputa de longa data entre os partidos, além de muitas vezes culminando em violência, evocando uma guerra urbana.

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Elenco:

No elenco, temos Kingsley Ben-Adir no papel principal, que consegue se conectar perfeitamente à trama e entender Bob Marley como uma pessoa que falhava, mesmo sendo um grande símbolo hoje em dia. Sem dúvidas, Ben-Adir se destaca em sua atuação ao retratar as fases mais difíceis da vida do cantor, desde sua saída do país devido a ataques, as reflexões para a composição de músicas mais impactantes e a descoberta de sua doença.

Por sua vez, Lashana Lynch (Pantera Negra), que interpreta Rita, sem dúvidas carrega o longa com uma performance forte e marcante. Assim, os dois atores conseguem se destacar muito bem tanto na relação do casal quanto em suas cenas individuais. Outro acerto filme além dos dois protagonistas é sua fotografia, pois ela é responsável por transmitir cada sentimento do protagonista e na atmosfera de cada fase da obra. 

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Conclusão:

É evidente ver o trabalho da produção ao retratar cada cenário, paisagens principalmente na Jamaica e em Londres, os shows. Em relação à dublagem e à mixagem das músicas, é notável ver cada personagem buscando autenticidade na interpretação, já que Bob Marley & The Wailers sempre tentaram expressar seus sentimentos em cada canção, e isso é bem evidente no filme.

One Love sem dúvidas consegue nos proporcionar uma forte emoção de poder presenciar a passagem marcante do Bob Marley na terra, mas o filme tenta buscar outros lados do que foi o astro do Reggae, sem mostrar uma proposta clichê de obras do mesmo nicho. Porém, a falta de recursos ou a repetição de flashback acaba desgastando o que poderia ser algo bem criativo e já trabalhado pelo diretor Reinaldo Marcus Green de King Richard: Criando Campeãs onde acabou ganhado viabilidade após mostrar a visão do Richard Williams sobre suas filhas no longa de 2021.

Contudo, historiar a vida de Robert Nesta Marley, requer cuidado e muito mais do que só mostrar uma fase curta da sua biografia e dos seus feitos na Jamaica e pelo mundo, sinto que isso pesou um pouco e ficou confuso em determinados pontos da obra.

 

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Sou soteropolimano, tenho 23 anos, estou me graduando em Jornalismo na Universidade Federal da Bahia. Gosto de tudo e mais um pouco que envolva Cultura Pop: Filmes; Séries; Música; HQ; Animes e Jogos de Tabuleiro. Além da Cultura Geek sou apaixonado por esportes e, às vezes, curto me aventurar no mundo dos colecionáveis.
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