Crítica | Mamonas Assassinas: O Impossível Não Existe

Uma bela homenagem a banda que foi sucesso nos anos 90.

Elaine Lima
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Crítica | Mamonas Assassinas

Os Mamonas Assassinas, fenômeno dos anos 90, conquistaram o Brasil em menos de um ano antes de um trágico acidente aéreo interromper sua ascensão. O filme sobre a banda tenta contar essa história, mas, apesar das liberdades criativas, não alcança o impacto desejado, deixando a sensação de que a trajetória dos Mamonas merecia uma representação mais marcante.

Mamonas Assassinas – O Filme começou como uma minissérie para a Rede Record, mas foi transformado em longa-metragem. O projeto enfrenta desafios ao comprimir a história da banda Utopia e de Dinho, omitindo eventos e personagens importantes. O ritmo acelerado sugere que os acontecimentos foram mais rápidos do que na realidade. A curta carreira do grupo é condensada em pouco mais de 1h40, possivelmente prejudicando a narrativa que poderia ter sido mais explorada na minissérie original.

Apesar dos inúmeros cortes na transição das cenas o filme capta a essência do grupo, destacando o entrosamento autêntico dos protagonistas. Apesar do orçamento modesto e atores novatos, a produção surpreende pela qualidade, proporcionando uma imersão nos shows. O roteiro de Carlos Lombardi aborda a amizade dos rapazes, com intervenções descontraídas nos momentos cruciais, mantendo uma atmosfera de alegria.

Os irmãos Samuel e Sergio Reoli, interpretados por Adriano Tunes e Rener Freitas, destacam-se no filme, oferecendo algumas das melhores cenas. Robson Lima (tecladista Julio) tem participação limitada, enquanto Beto Hinoto, sobrinho de Bento, interpreta bem seu tio. O restante do elenco, incluindo Ton Prado como Rick Bonadio, tem papel reduzido, com todos parecendo ter cenas insuficientes para desenvolver completamente seus personagens, ficando como caricaturas leves.E claro, o Ruy Brissac interpreta o Dinho com uma perfeição, que parece que estamos vendo o próprio vocalistas dos mamonas atuando, e principalmente é impressionante como ele canta igualzinho ao Dinho.

O filme regravou as músicas dos Mamonas Assassinas, substituindo os vocais de Dinho por Ruy, mantendo a qualidade. Apesar das autênticas apresentações ao vivo, o filme omite momentos cruciais da participação do grupo em programas de TV, prejudicando a narrativa. O acidente fatal não é mostrado, uma escolha respeitosa. No entanto, a homenagem parece deixar de fora aspectos cruciais da carreira, não transmitindo completamente o impacto do sucesso meteórico e sua interrupção prematura. O filme estreou nos cinemas brasileiros em 28 de dezembro.

Crítica elaborada por Sérgio Zansk (@cine.dende)

Crítica | Mamonas Assassinas
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Nota 2,5 out of 5
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Soteropolitana, jornalista e publicitária, tenho 28 anos, sou muito fã da Beyoncé e cinema é o meu hobbie favorito. Amantes dos romances sejam em séries, filmes ou livros.
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