Crítica | Rebel Moon – Parte 1: A Menina de Fogo

Abusando do slow motion, filme do Zack Snyder é apenas mais uma História para lá de conhecida, digamos um Star Wars da Shopee.

Elaine Lima
Foto: Divulgação
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Crítica | Rebel Moon - Parte 1

Rebel Moon, concebido como uma abordagem mais madura e violenta de Star Wars por Zack Snyder, surge após onze anos na Netflix. Apesar da tentativa de visual impactante, ao assumir a direção de fotografia, Snyder entrega um filme com cenas feias, iluminação irregular e cenários problemáticos. Com uma trama de guerra intergaláctica, o enredo se desenrola de maneira truncada, repleta de diálogos fracos e mudanças abruptas de comportamento dos personagens, resultando em uma produção que não atinge suas ambições, apesar do alto orçamento de US$ 166 milhões.

A Menina do Fogo serve como introdução aos principais personagens da segunda parte, prevista para abril de 2024. No entanto, a falta de desenvolvimento é evidente, com muitos personagens apresentados apenas por seu visual. Nemesis, interpretada por Bae Doona, é uma grande espadachim em busca de vingança, mas seu desenvolvimento resume-se ao uso de sabres de luz. Esta falta de aprofundamento se estende a todos os membros da equipe, deixando a protagonista Kora, interpretada por Sofia Boutella, como a única com um passado minimamente explorado. A narrativa introduz personagens, como Charlie Hunnam, de maneira superficial, sem explicação, e o grupo aceita sua presença sem questionamentos.

Rebel Moon, como prometido por Zack Snyder, é um filme violento, refletindo uma visão adolescente de maturidade. No entanto, a direção de fotografia do próprio Snyder e as cenas de ação falham em comparação com seus trabalhos anteriores. O uso excessivo e desordenado da câmera lenta em momentos irrelevantes compromete a qualidade das cenas. A escolha de destacar essa marca registrada expõe inadequações na coreografia de luta, tornando-as quase amadoras. Além disso, a ausência de sangue em situações de ferimentos graves, como tiros na cabeça, levanta questões sobre a lógica interna do filme. A possibilidade de uma “Edição do Diretor” mais intensa e sangrenta é sugerida, mas ainda não confirmada para o streaming.”

Rebel Moon: A Menina do Fogo, em pouco mais de duas horas, parece um filme com cenas faltando, sugerindo uma versão estendida. Se Snyder segurou elementos para essa versão, é decepcionante. Sem rodeios, é o pior filme dele, e a impressão é que seus filmes marcantes eram mais sorte do que habilidade. O sentimento de lesão com Batman vs Superman agora é substituído por incredulidade de como Snyder ainda consegue grandes orçamentos para projetos como Rebel Moon.” Sem rodeios, esse Star Wars da Shopee é o pior filme dele.

Crítica elaborada por Sérgio Zansk (@cine.dende)

Crítica | Rebel Moon - Parte 1
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Soteropolitana, jornalista e publicitária, tenho 28 anos, sou muito fã da Beyoncé e cinema é o meu hobbie favorito. Amantes dos romances sejam em séries, filmes ou livros.
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