Crítica | Samurai de Olhos Azuis – 1ª Temporada

Samurai de Olhos Azuis incorpora elementos do faroeste ao referenciar Kurosawa, com uma mistura envolvente de estilo, violência e vingança.

Elaine Lima
Foto: Divulgação
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Crítica | Samurai dos Olhos Azuis

Samurai de Olhos Azuis destaca-se não apenas por sua incrível animação e cenas de ação, mas também pela complexidade psicológica de sua protagonista e pela narrativa que mescla o brutal e o poético.

A série explora a violência e seu impacto na vida daqueles que a praticam, rivalizando quase com a impactante Arcane. Habilmente incorporando referências de diretores como Akira Kurosawa e outras animações do gênero, a trama acompanha a trajetória trágica de Mizu, evocando memórias do passado sangrento de Samurai X. Samurai de Olhos Azuis incorpora elementos do faroeste ao referenciar Kurosawa, com uma mistura envolvente de estilo, violência e vingança.

A dinâmica entre Mizu e seus companheiros evoca a Trilogia dos Dólares, enquanto a estética e trama também remetem aos cults Lady Snowblood, influenciando Quentin Tarantino em Kill Bill. A vingança de Mizu é única, ligada à sua própria existência como mestiça em uma sociedade marcada pela xenofobia.

Mizu, em sua autodestrutiva jornada no Japão do Século 17, canaliza ódio para homens brancos em busca de vingança contra seu pai biológico. A narrativa destaca sua cegueira perante dramas circundantes, culminando em uma confrontação final desprovida de aliados e estratégia. Enquanto Arcane conclui de forma satisfatória, o último episódio de Samurai de Olhos Azuis se prepara para a próxima temporada, resultando em uma equiparação entre ambas as produções. A Netflix já confirmou a renovação para a segunda temporada.

Crítica | Samurai dos Olhos Azuis
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Soteropolitana, jornalista e publicitária, tenho 28 anos, sou muito fã da Beyoncé e cinema é o meu hobbie favorito. Amantes dos romances sejam em séries, filmes ou livros.
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